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Foto do escritorDieter Borgert

Missão Reino Unido e Suíça: Explorando o ecossistema de inovação de Joinville

Pelo período de duas semanas, uma comitiva do ecossistema de inovação de Joinville realizou uma missão de aprendizado e conexões em sete cidades do Reino Unido e Suíça, onde se depararam com a interação entre academia e mercado, inovações disruptivas e oportunidades de negócios.

Conexões e oportunidades de negócios internacionais

A missão Reino Unido e Suíça 2023, organizada pelo Join.Valle, reuniu 12 empreendedores, executivos e líderes do ecossistema do Norte catarinense, incluindo Fabiano Dell’ Agnolo, executivo do Join.Valle. Esta missão resultou em valiosas conexões e oportunidades de parcerias internacionais. As cidades visitadas incluíram Londres, Manchester, Zurique, Berna, Neuchatel, Friburgo e Schaffausen.

Academia e mercado: Uma parceria impressionante

Um dos principais aprendizados da missão foi a notável colaboração entre a academia, especialmente em níveis avançados de formação, como doutores e PHDs, e o setor empresarial. Tanto o Reino Unido quanto a Suíça investem em pesquisas aprofundadas, impulsionando o empreendedorismo com foco em pesquisa e resultados.

Ricardo Fantinelli, diretor executivo do Ágora Tech Park, ressaltou que “O modelo cooperativo entre universidades, empresas e governo é absurdamente desenvolvido. Tanto a Inglaterra quanto a Suíça estão muito à frente em termos de capacitação e aplicação da indústria do conhecimento. Isso porque eles têm áreas estratégicas de desenvolvimento e conseguem tirar projetos de papel fazendo grandes investimentos.”

O conceito de “CooPetition”

O conceito de “CooPetition”, competir no mercado enquanto coopera com outras empresas, impressionou a comitiva. Empresas concorrentes colaboram em projetos de carros autônomos e compartilham conhecimento, priorizando a educação e a parceria entre empresas e universidades. Dieter Borgert, CEO da Q-Assist, comentou que “Em um caso específico, vimos projetos de carros autônomos de empresas concorrentes e eles conversam regularmente. A lógica é que isso gere melhorias e reduza os defeitos durante o desenvolvimento.”

Conectividade internacional

A missão também revelou a importância da conectividade global. Victor Albert Batista, que participou da missão representando a Prefeitura de Joinville, destacou que “O brasileiro muitas vezes não percebe o quanto está distante do resto do mundo. Vemos como outros países são conectados, não apenas entre seus pares do mesmo país, mas também internacionalmente. Muitas vezes nem nos falta a tecnologia, a criatividade ou a estrutura de negócios. Nos falta apenas conectar.”

Londres: Um polo de inovação tecnológica

Pesquisa avançada

A visita a uma rede de centros de tecnologia e inovação, revelou infraestrutura de ponta onde são desenvolvidas soluções inovadoras em diversas áreas, como manufatura, saúde, energia e cidades inteligentes. A comitiva observou projetos envolvendo materiais avançados, como o grafeno, e tecnologia de impressão 3D para alimentos.

Reurbanização e inovação

Em Londres, a reurbanização de áreas degradadas é um exemplo de inovação, que combina unidades residenciais e espaços de trabalho voltados à inovação. A área de life sciences é um foco importante na região.

Ricardo Fantinelli, diretor do Ágora, observou que “Você enxerga a tecnologia aplicada ao bem-estar da população, vê as coisas acontecendo na prática – e funcionando. Outro diferencial é a característica multicultural que existe e a facilidade com línguas. Por último, e não menos importante, você percebe o quanto é valorizado o conhecimento e a instrução, principalmente pelo mercado – que valoriza doutores e pesquisadores integrando seus negócios ou ambientes.”

Interdisciplinaridade e inovação

A visita aos projetos de pesquisa em inteligência artificial (IA) destacou a importância da interdisciplinaridade, com profissionais de diferentes áreas trabalhando juntos para encontrar soluções inovadoras. Dieter Borgert também mencionou que os professores envolvidos possuíam além do alto nível de conhecimento técnico uma mentalidade empreendedora, o que impulsionava os movimentos de inovação.

Suíça: Excelência na simplicidade

Educação e melhoria contínua

A ênfase na educação e na melhoria contínua foi evidente na Suíça. A comitiva aprendeu a importância de buscar a excelência em processos e conhecimentos, sendo essa a chave para se tornar uma referência global.

Inovação e tecnologia logística

A Suíça apresentou um centro de tecnologia logística e transportes, onde robôs humanóides realizam inspeção de trilhos de trens e manutenção preventiva. Isso resulta em uma redução significativa de custos com acidentes e problemas estruturais.




Liberdade econômica

A facilidade de fazer negócios e empreender no exterior na Suíça contrasta com a burocracia brasileira, destacando a importância da liberdade econômica para o sucesso das empresas.

Foco em Inteligência Artificial

Tanto no Reino Unido quanto na Suíça, houve um forte foco em inteligência artificial (IA). Dieter Borgert observou que em ambos os países, a IA é vista como um acelerador econômico e uma área estratégica para o desenvolvimento.

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No geral, a missão deixou uma série de aprendizados (ver tabela abaixo), mas entre os mais importantes está a necessidade de criar conexões entre o ecossistema catarinense e outros países de ponta; a importância de investir na proficiência em língua estrangeira (em especial o inglês); e, sobretudo, ter uma estratégia clara do ponto de vista público (país, estado e cidades) sobre quais as áreas mais importantes para o desenvolvimento do país e investir de forma consistente em educação, pesquisa e desenvolvimento. O ecossistema catarinense tem um longo caminho para avançar.

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